DEPOIS QUE VOCÊ SE FOI.
AFOGUEI-ME EM MINHAS PRÓPRIAS LÁGRIMAS.
BALBUCIEI PALAVRAS PERDIDAS.
ENTREGUEI-ME A SOLIDÃO.
DAS PAREDES DE UM QUARTO VAZIO.
ESTA VA NUA DIANTE DO ESPELHO.
SENTI-ME VAZIA E ENVERGONHADA.
DIANTE DO QUE VIA.
QUERIA ME EVISCERAR.
ARRANCAR MEU CORAÇÃO DO PEITO.
PARA QUE ELE PARASSE DE PULSAR.
NO MESMO COMPASSO DO SEU.
LAVEI-ME EM MEU PRÓPRIO SANGUE.
E DANCEI POR ENTRE AS TUMBAS.
DE UM CEMITÉRIO ESQUECIDO.
ENQUANTO ME PERDIA NA DENSA NÉVOA.
DE UMA NOITE ESCURA, ONDE A LUA JAMAIS BRILHA.
TORTUREI-ME NA MINHA PRÓPRIA SOLIDÃO.
CAVEI MINHA COVA COM MINHAS MÃOS.
EM MEIO A HUMILHAÇÕES.
DE CRIATURAS INFAMES.
SERES MÓRBIDOS, PÚTRIDOS E ENFERMOS.
ENQUANTO TU ME AMALDIÇOAVAS.
MINHAS TAREFAS SÃO ÁRDUAS.
EXIGEM MUITO DE MIM.
POR FAVOR, TENHA PIEDADE.
MAS SUAS PALAVRAS.
AINDA RETUMBAM EM MEUS OUVIDOS.
E SINTO VONTADE DE VOMITÁ-LAS SOBRE TI.
DE TANTO ÓDIO QUE SINTO AGORA.
JÁ NEM CONSIGO MAIS OUVIR O SOM DE MINHA PRÓPRIA VOZ.
POSSO SENTIR O GOSTO AMARGO.
DO SUOR QUE ROLA POR MINHA FACE.
TU ME MOSTRASTE O GRANDE MISTÉRIO.
FUI LONGE DEMAIS.
ALÉM DA LINHA DE RETORNO.
ENTÃO SE TE PROCURO... MOSTRE-SE!.
TORTUREI-ME NA MINHA PRÓPRIA SOLIDÃO.
CAVEI MINHA COVA COM MINHAS MÃOS.
EM MEIO A HUMILHAÇÕES.
DE CRIATURAS INFAMES.
SERES MÓRBIDOS, PÚTRIDOS E ENFERMOS.
ENQUANTO TU ME AMALDIÇOAVAS.
)O( Lilith, a Lua Negra.)O( ...
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